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#01 editorial – conteúdo


nathália maschio


Um pouco sobre minha história

 

 

Sempre gostei muito de esportes, desde pequena meus pais oportunizaram com que eu pudesse conhecer todas as atividades que me despertassem interesse e assim começou a minha vida em meio a bolas, corridas e tudo aquilo que demandasse gasto energético e adrenalina. Após alguns anos praticando inúmeras modalidades, optei por cursar Bacharelado em Educação Física e logo fui convidada para participar, como staff, de alguns torneios de golfe, modalidade que até então não tinha experiência prática e sequer conhecimento técnico.

 

A experiência em alguns torneios e clubes foi incrível, graças a Federação Paranaense e Catarinense de Golfe (FPCG),despertando meu interesse por conhecer mais a fundo o mundo do golfe. Participei da organização de alguns torneios, auxiliando com os scores, com o Blue Golf e tudo que estava ao alcance. Logo surgiu a oportunidade de iniciar no Clube Curitibano, ocasião única de poder aprender para ensinar. O head pro Victor Bortolucci foi quem me acompanhou e me orientou desde o início, através de conteúdos teóricos e aprendizagem na prática, porque aliás já estava na faculdade e o golfe já apresenta uma infinidade de desafios para quem o pratica e ensinar é ainda mais incitador.

 


Para representar o Golfe Feminino não basta ser apenas uma mulher.

 

 

A melhor parte de não ter tido contato prévio como esporte, foi poder conhecê-lo com uma visãomais profissional, tentando analisar de que maneirapoderia facilitar o aprendizado das pessoas já queeu estava passando por todas as sensações dasprimeiras tacadas, os desafios, os estímulos, asadversidades.Durante esse processo fiz cursos de especializaçãotambém, que facilitaram o processo de aprender naprática e depois de algum tempo me graduei nafaculdade almejando continuar na área com a ideiade atingir diferentes públicos, principalmente ofeminino, já que no Brasil o público de profissionaise atletas mulheres no golfe ainda é escasso. Hoje já graduada em Bacharelado em EducaçãoFísica, sou certificada pelo TPI nível 1 e TPI nível 2Junior Coach, além de já ter realizado o nível 1 deregras R&A e estar iniciando o nível 2. Sou membro da MGolf Academy, equipe que meajudou e me incentivou desde o início e tem meoportunizado experiências profissionais incríveis. Eno Clube Curitibano sou coach da Escolinha deBase de Golfe de 05- 12 anos e uma dos coachsdo Alto Rendimento Juvenil, além das aulasindividuais, clínicas e outros programas de golfe.

 

Meu principal público atualmente são as crianças com quem tenho muita afinidade e expectativas, pois são ansiosos pelo novo e o golfe pode proporcionar desenvolvimento motor e cognitivo, aliado ao lúdico, janelas de oportunidade e capacidades físicas. Esporte desafiador mas com muito potencial de exploração. A minha paixão aumenta a cada dia pelo esporte em geral e pelo golfe depois de conhecer esse mundo tão característico. Podendo ministrar aulas e a cada dia, tentando impactar na vida das pessoas e principalmente dos pequenos golfistas, que são o futuro do nosso esporte. Ser uma das mulheres no mundo do golfe é um trabalho cauteloso e desafiador, mas pretendo fazer deste um motivo para inspirar e atrair mais mulheres e meninas para o nosso esporte que é tão fantástico.

 


thaís gomes


O Golfe é um esporte Maravilhoso

 

 

 

Olá querido leitor, eu sou a Thais Gomes, profissional de Educação Física e professora de golfe. Me formei em2009 pela Universidade de Santo Amaro (Unisa), porém não havia tido contato nenhum com o golfe nem antes, nem durante a faculdade. Em outubro de 2009, através de um amigo, o profissional Carlos Pessoa, fiquei sabendo de uma vaga de estágio no projeto Golfe Nota 10 (GN10), na Federação Paulista de Golfe (FPG), e me interessei. Eu não sabia nada do esporte, mas fui informada que este era um dos intuitos da FPG: formar profissionais de Educação Física em professores de golfe. Comecei a fazer aulas e diversos cursos que a FPG disponibilizava para a equipe do GN10, como curso de regras, manutenção de campo, prevenção de lesões, como manter as crianças no golfe, entre outros. 

 

Um dos mais importantes que fiz foi o “Programa de qualificação da PGA Brasil”, com duração de 3 anos, aplicado por Tony Bennett, membro da Federação Internacional de Golfe (IGF), e da PGA da Europa, sendo aprovada após os testes realizados por ele. Comecei a dar aulas no projeto GN10 em 2010, auxiliando também na administração do mesmo, e sempre buscando conhecimento. Passei então a organizar os torneios e eventos do GN10, e a trabalhar também em outros projetos da FPG, como “Golfe de Ana a Zé”; a realizar diversos eventos que eles organizavam (e organizam até hoje), para expansão do esporte, como clínicas de golfe, eventos em shoppings, escolas, clubes e parques. Atualmente ainda faço parte do GN10, que está parado devido a pandemia, dou aulas particulares para crianças e adultos no Honda Golf Center, e ingressei comoeducadora no projeto “Golfe, a chave para o futuro” da Associação Hurra em parceira com a FPG e a prefeiturade Indaiatuba.

 

Confesso que não foi fácil chegar até aqui, mas agradeço a Deus e a cada pessoa que acreditou e acredita no meu trabalho, em especial aos diretores e presidentes da FPG que sempre estão me dando oportunidades para crescer e continuar na caminhada, e também aos amigos que fiz através deste esporte. Sei que devo gratidão a cada uma destas pessoas, por não me deixar desistir diante das dificuldades que passei pra chegar até aqui! Uma destas dificuldades infelizmente era simplesmente pelo fato de ser mulher, visto que o golfe é um esporte predominantemente masculino. Não me davam crédito! “Quem essa professora de Educação Física pensa que é? Não sabe nada de golfe!”, diziam. 

 

Outro motivo também é por ser uma profissional de Educação Física e não uma profissional de golfe, sendo que eles não compreendem que a arte de ensinar vai muito mais além de boas técnicas e ótimos scores. Sabemos que nem sempre um bom jogador é um bom instrutor. É preciso ter pelo menos uma boa didática para conseguir ser um instrutor, seja de golfe ou de qualquer outro esporte. Mas graças a Deus e ao que aprendi na caminhada, consegui lidar com os pré-conceitos e hoje me sinto realizada com minha profissão. 

 

Uma das coisas que mais aprendi no golfe é ser persistente e isolar o barulho de fora, focando no meu objetivo. Muitas vezes damos ouvidos às vozes que nos criticam: “você nunca vai conseguir jogar isso”, “Desista, porque o golfe é muito difícil”, entre outros. Se nos deixarmos levar pelos
barulhos externos, jamais iremos avançar. Portanto, mantenham o foco, isolem os barulhos externos e não desistam. 

 

 

A experiência em alguns torneios e clubes foi incrível, graças a Federação Paranaense e Catarinense de Golfe (FPCG),despertando meu interesse por conhecer mais a fundo o mundo do golfe. Participei da organização de alguns torneios, auxiliando com os scores, com o Blue Golf e tudo que estava ao alcance. Logo surgiu a oportunidade de iniciar no Clube Curitibano, ocasião única de poder aprender para ensinar. O head pro Victor Bortolucci foi quem me acompanhou e me orientou desde o início, através de conteúdos teóricos e aprendizagem na prática, porque aliás já estava na faculdade e o golfe já apresenta uma infinidade de desafios para quem o pratica e ensinar é ainda mais incitador.